Objetivo
– Descobrir as características do Grou Comum;
– Desvendar hipóteses para a capacidade do Grou Comum em navegar longas distâncias nas suas rotas migratórias;
-Reconhecer as rotas migratórias do Grou comum e suas alterações ao longo dos anos;
– Relacionar alterações na rota migratória e as alterações climáticas;
-Estudar no local a zona de invernada de Campo Maior do Grou comum;
– Identificar oportunidades de desenvolvimento com base no turismo ornitológico;
Número de participantes
1600 crianças de Campo Maior, comunidade em geral que participa nas exposições e ações do projetoDescrição
Este projeto fala-nos sobre as migrações dos grous- comuns (Grous-Grous), outros animais e aves migratórias e de como se orientam na sua viagem até Campo Maior. As migrações são fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies que seguem o seu instinto natural. Devido a capacidades únicas e singulares de navegação as aves migratórias em particular conseguem efectuar deslocações incríveis na procura de melhores condições de vida. Hoje, em pleno sec. XXI, o Homem continua a migrar, ele próprio na procura de melhores condições de vida. As aves como o Grou-comum, fazem movimentos pendulares magníficos, superando a cordilheira Alpina em grupos bem coordenados em com esforço de equipa! É um espectáculo único. Os grous são aves migratórias que vêm dos países do norte da Europa (Escandinávia, Norte da Alemanha e Finlândia) para Campo Maior passando por vários locais como Galhocanta (Espanha) onde descansam e se separam em grupos mais pequenos. Os grupos mais audazes deslocam-se para oeste, sendo o ponto mais a oeste da sua rota Campo Maior. Procuram o inverno moderado e as nossas bolotas ricas em amido para se alimentarem.
O Rafael Araújo Pepê, promove desde inicio de 2015 o projeto instinto natural, sendo que no ano letivo 2016/2017 se destaca pela qualidade do trabalho de campo , pesquisa e comunicação do mesmo no agrupamento de escolas de Campo Maior. O seu envolvimento no clube GEDA e a vontade de aprofundar a temática das migrações, bem como o espírito empreendedor levou o Rafael a ser selecionado como representante de Portugal pela RTP : “Queremos abordar este tema pelo lado positivo, daí a nossa ligação com o Eco-Escolas. Encontrámos o Rafael que, de forma corajosa, consegue conciliar diferentes tarefas na sua vida, superar algumas dificuldades/adversidades para conseguir cumprir com gosto as suas atividades curriculares ou extracurriculares… e contar a sua história. Neste caso, o Rafael é uma criança empreendedora no contexto ecológico.” (Rita Ribeiro- RTP)
A sua determinação leva o Rafael a procurar financiamento ao mesmo tempo de sensibiliza os colegas e comunidade para o potencial natural de Campo Maior, com destaque para a singular aldeia de Ouguela. A viagem à Suécia (local nativo do Grou comum) será o ponto alto deste trabalho que tenta mostrar o poder do instinto natural nas migrações. Até final de 2017 irá ser exibido na RTP e em diveros canais internacionais a reportagem completa na qual o CERN foi parceiro. Estamos certos que o trabalho realizado pelo Rafael numa lógica extracurricular será um excelente contributo para todos nós e para a nossa região. No decorrer do mês de Abril decorreram em Campo Maior as gravações para o documentário nas quais mais de 1000 alunos de Campo Maior foram sensibilizados e animados para a temática.
Avaliação/impacto
Este é um projeto que cria dinâmica na comunidade e envolve os parceiros. Funciona como uma “bola de neve” que vai crescendo a cada passo e é motivador ver um aluno de 11 anos que consegue motivar as pessoas para temáticas como as migrações (tão faladas atualmente), para a biologia das espécies, para a união entre os povos, para a simbologia do grou como agente promotor de união e superação. Este projeto chegará a um universo incalculável de pessoas dado o envolvimento da RTP e Eurovisão. A RTP2 participa pela primeira vez, representando Portugal, no projecto Eurovision Children’s Documentary Series. Neste projecto, cada país participante fará a produção do seu documentário, para um público internacional, entre os 10-12 anos, que tem como foco também uma criança com idade compreendida entre os 10-12 anos. Só na nossa comunidade este projeto foi apresentado em todas as escolas e níveis de ensino, junto de instituições locais de idosos e em associações locais como o GEDA. Foram realizadas exposições fotográficas e realizadas ações de sensibilização ambiental. O impacto é claramente muito positivo.